Movimento pela Democracia

A manifestação promovida pela OAB de Criciúma no último sábado foi mais do que um simples ato público: foi um lembrete necessário. Em tempos marcados por tensões políticas, conflitos ideológicos e um ambiente social contaminado pela intolerância e pelo ódio, iniciativas que defendem a democracia precisam ser celebradas e multiplicadas.

A democracia não é apenas um sistema de governo, é, antes de tudo, um modo de convivência que se constrói no cotidiano, nas pequenas atitudes e, sobretudo, dentro de nossas casas.

O gesto da OAB local é um chamado à reflexão. O país vive um momento em que opiniões divergem com intensidade, e o respeito entre as diferenças tem sido colocado à prova. É hora de reaprender a dialogar, a escutar o outro, a reconhecer que o pensamento diverso não é inimigo, mas parte essencial da pluralidade democrática.

É saudável, portanto, que comecemos a praticar a democracia nos ambientes mais próximos: na família, no trabalho, na escola e até nas redes sociais. A liberdade de expressão, quando aliada à responsabilidade e à empatia, fortalece o tecido social. Já o discurso de ódio, disfarçado de opinião, corrói as bases da convivência pacífica.

Não se pode substituir teses ideológicas pelos ensinamentos sagrados, nem trocar a sabedoria da Bíblia e os valores cristãos por aplicativos ou algoritmos que nos afastam da essência humana. O avanço tecnológico é inevitável e positivo, mas não deve suplantar o que nos forma como sociedade: o respeito, a solidariedade e a fé no bem comum.

O recado deixado pela OAB no fim de semana é claro: a democracia precisa de defesa ativa, mas também de prática diária. Resiliência, compreensão e compaixão, somadas à humildade e à humanidade, são virtudes que, se cultivadas, podem transformar o ambiente social e político. Começar a semana com esse espírito é, talvez, o melhor caminho para reencontrarmos o equilíbrio e a paz que tanto faltam ao Brasil.