Audiência reforça urgência, mas solução depende da boa vontade federal

O Brasil continua em compasso de espera diante de um problema que parece eterno, o Morro dos Cavalos. A audiência pública em Brasília, conduzida pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, mostrou que o assunto permanece preso à burocracia.
O Ministério dos Transportes avalia quem deverá executar a obra, se a concessionária Arteris, a CCR Via Costeira ou o próprio DNIT, enquanto o tempo avança e a paciência do Sul se esgota. O Ibama confirmou que o licenciamento ambiental está ativo e pode ser renovado, o que significa que nada impede o início, exceto a falta de decisão.
A presença da Acic, do deputado Luiz Fernando Vampiro e de lideranças empresariais e políticas reforçou o peso econômico do tema. O presidente Franke Hobold lembrou que o impasse afeta 17 municípios e compromete 40% da economia catarinense.
Os deslizamentos de 2024 e o acidente de abril comprovaram o tamanho do risco, com prejuízos, isolamento e insegurança. A região pede pressa. "Estamos dispostos a pagar o pedágio, mas queremos a obra", afirmou Hobold, sintetizando o sentimento coletivo.
A audiência, embora importante, terminou sem prazos. O movimento Morro dos Cavalos - Solução Já continua mobilizando a sociedade. Enquanto o Ministério dos Transportes não decide, o gargalo permanece como retrato da lentidão com que o governo enxerga o Sul.
