Recém chegada à Secretaria de Estado da Educação Luciane mudou a pauta na Educação

Temos como mantra considerar a Educação um setor relegado, deixado de lado, ou ainda tratá-la como mera figura dos discursos políticos. Muito discurso, pouca prática, quando se trata de ação governamental. Afinal, é fácil eleger a Educação como prioridade no discurso, pois os efeitos das ações de agora serão percebidos apenas em longo prazo.
Costumeiramente, a "obra" da Educação não tem efeito prático imediato, não oferece fita para ser cortada com pompas em inaugurações e, quando oferece, são ações materiais e não de fato voltadas à Educação como fim. Isso é ainda mais evidente quando se fala que o professor é mal remunerado ou que, em outros tempos, era mais respeitado.
Parte disso é verdade, mas essa leitura precisa ser corrigida, não apenas com ações, mas também como prática. E prática da própria carreira. O autoflagelo é nocivo e interessa apenas a alguns, nunca à classe toda. Penso que analisar a Educação já exige um olhar mais apurado e menos rotulado.
Hoje, nos deparamos com mais uma dessas notícias animadoras. A atual secretária de Estado da Educação, reitora licenciada da Unesc, está no centro de uma boa notícia: o programa para modernizar as escolas estaduais com tecnologia. Recentemente, houve a revisão salarial em patamares melhores do que os que vinham sendo aplicados. Longe ainda do ideal, mas superior ao que se tinha alcançado até então. E não é só isso. Antes disso, uma a uma das escolas, muitas em prédios precários, passou por revisão.
Inicia-se uma completa reestruturação, com garantia de espaços dignos e climatização, hoje item indispensável ao bom rendimento dos alunos.
Em agenda permanente, tem-se noticiado o trabalho de valorização emocional dos professores. É o ideal? Claro que ainda não. Mas não se pode negar o avanço dos tempos em que vivemos ao falar sobre escolas e, portanto, sobre a Educação em Santa Catarina.
Os resultados, naturalmente, ainda demorarão a aparecer, mas não devemos ignorar que, especialmente nós aqui do Sul do Estado, vemos que, em poucos meses à frente da Secretaria de Estado da Educação, a reitora da Unesc, Luciane Ceretta, alcançou o que se deseja: respeito e prioridade à Educação, não no discurso, mas na prática.
A pauta da Educação mudou. Tornou-se agradável, melhor, e passou a ser motivo de orgulho. Quem sabe já possamos afirmar que, por uma intervenção nossa, aqui do Sul, a Educação não deve mais sofrer com os antigos conceitos de que a prioridade estava apenas no discurso. A prática mostra que esses conceitos antigos não devem se manter como preconceito. Dá, sim, para noticiar coisas boas sobre a Educação. Dá, sim, para acreditar que há perspectivas muito melhores nessa área.
