Proposta de Plano Diretor quer transformar abandono em referência regional
A Rua Coberta Giro Henrique Lodetti, inaugurada sob o discurso da modernidade, tornou-se um retrato do esquecimento. O vereador Nícola Martins (PL) decidiu enfrentar esse desafio com a apresentação de um Plano Diretor que busca resgatar a essência do espaço e transformá-lo em polo de convivência e atratividade.
Segundo o parlamentar, mais de R$ 5 milhões foram aplicados na obra, mas faltou o essencial: gestão. O resultado aparece em goteiras, infiltrações, piso escorregadio e iluminação precária, além de salas vazias e um cenário de insegurança que espanta comerciantes e visitantes.
As reuniões conduzidas por seu gabinete confirmaram a desconfiança de lojistas e empresários, que já não veem ali terreno fértil para investir. Moradores, por sua vez, percebem a Rua Coberta como um espaço abandonado.
O Plano Diretor propõe medidas escalonadas. No curto prazo, intervenções emergenciais em drenagem, iluminação, videomonitoramento e segurança. No médio, a criação de um Conselho Gestor com representantes da Prefeitura, CDL, moradores e comerciantes, além de incentivos fiscais para ocupação dos boxes.
No longo prazo, a meta é ambiciosa: integrar a Rua Coberta aos roteiros turísticos de Criciúma, com gestão público-privada e calendário cultural regular. O vereador cita exemplos de Gramado, Nova Petrópolis e até Cocal do Sul, onde o segredo está na gestão eficiente e no conceito bem definido.
Para Nícola, mais do que apontar falhas, é preciso apresentar soluções. Ele defende uma Rua Coberta viva, segura e integrada, que seja orgulho do centro da cidade. Com gestão, ocupação e integração, podemos transformar esse espaço em referência regional de gastronomia, cultura e convivência, resume.