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Apresentada na AgroPonte, máquina criada por fumicultor de SC revoluciona a colheita do fumo

Idealizada por um araranguaense, equipamento aumenta rendimento e melhora as condições de trabalho no campo

17 Agosto 2025 | Domingo 11h08

A inovação tem sido um dos pilares da Feira AgroPonte, em Criciúma, e uma das atrações desta edição é a Matirde, máquina desenvolvida pela empresa Irmãos Francisco Máquinas Agrícolas, que vem transformando o processo de colheita do fumo no Sul do Brasil.

Criada pelo fumicultor Nilton Oliveira Francisco, de Araranguá, a Matirde nasceu da necessidade de reduzir o esforço físico na lavoura. O equipamento permite que os trabalhadores realizem a colheita sentados e protegidos do sol, o que melhora as condições de trabalho e aumenta a produtividade. O processo, que antes exigia repetição manual sob altas temperaturas, passou a ser contínuo, garantindo um rendimento até 30% maior. A máquina comporta até cinco pessoas, dependendo do tamanho da área cultivada.

Além da colheita, a Matirde também é multifuncional, podendo ser utilizada como pulverizador para a aplicação de defensivos agrícolas, adubos e herbicidas. A versatilidade transformou o equipamento em um verdadeiro coringa no campo.

A ideia surgiu da experiência de Oliveira, que atuou como fumicultor desde a década de 1980. Nos últimos anos, ele direcionou seu trabalho para a fabricação da Matirde, consolidando a empresa Irmãos Francisco no mercado de máquinas agrícolas. Atualmente, cerca de 50 unidades são comercializadas por ano, atendendo produtores de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O diferencial está não apenas na inovação, mas também no suporte de assistência técnica oferecido no pós-venda.

Feira AgroPonte

A 14ª edição da AgroPonte foi aberta na quarta-feira (13), no Pavilhão José Ijair Conti, em Criciúma, e segue até domingo (17). Maior feira do agronegócio de Santa Catarina, o evento reúne cerca de 200 expositores de diversos segmentos, incluindo agricultura familiar, tecnologia, implementos agrícolas e setor automotivo. Também participam instituições financeiras e entidades como Epagri e Cidasc.

Em um espaço de mais de 25 mil m², a programação oferece palestras, oficinas e atividades paralelas abertas ao público. Entre os destaques estão o tradicional julgamento de raças e as premiações especiais alusivas ao centenário de emancipação de Criciúma, celebrado nesta edição.

No domingo (17), último dia da feira, os pavilhões abrem às 10h. À tarde, haverá apresentações e evolução de raças equinas, e o encerramento geral ocorre às 18h.