Vamos começar a trabalhar

04 Agosto 2025 | Segunda-feira 07h00
TEXTO DE ABERTURA DO PROGRAMA JOÃO PAULO MESSER DESTE DIA 4 de agosto de 2025
Era uma segunda-feira como hoje.
Era como hoje e o calendário mostrava 4 de agosto, também.
O ano era 2003. Portanto, há 22 anos.
A hora era mais ou menos: sete horas da manhã, como agora.
Só havia mais uma coincidência, entre hoje e aquele dia: a voz que abria o programa das manhãs da Eldorado era mais ou menos a mesma de hoje.
Era a minha voz, sim.
Voz mais ou menos parecida porque lá ela estava bem mais trêmula.
Voz assustada com o peso da responsabilidade.
Criciúma vivia uma manhã de expectativa.
Até então, a sintonia do AM 570 era mais ou menos obrigatória.
Quem quisesse saber das notícias, interpretar os fatos, ligava o rádio.
Segunda-feira, 4 de agosto de 2003, foi o dia em que eu estreei aqui no microfone da Eldorado.
A carga de responsabilidade não era grande só porque este era o espaço mais respeitado do rádio sulcatarinense.
Era tenso, também, porque havia curiosidade sobre o que viria com a velha e tradicional Eldorado, então sob nova direção.
Apreensão que o tempo se encarregou de acalmar.
Hoje, 22 anos depois as coisas estão muito diferentes.
Algumas pautas continuam sendo as mesmas.
Mas muita coisa aconteceu de lá prá cá mudou.
Ouvintes que nunca nos abandonaram, alguns que vieram e poucos que foram e não voltaram mais.
Hoje o rádio é muito mais interativo.
Antes ele era mais imperativo. Quase dono da verdade.
Formava opinião de uma forma diferente.
Lembro que o editorial de abertura avisou o que seria.
Duas décadas depois digo que não foi preciso mudar nada.
Sigo a minha velha convicção de que não existe dono da verdade, nem espaço para hipocrisia.
Se me perguntares o que mais mudou não tenho dúvidas: mudou o ouvinte.
De agente passivo ele passou a ser ativo.
A autoridade do rádio passou a ser questionada a todo momento.
O rádio antes analógico passou a ser tecnológico.
Antes ouvidos no radinho, hoje do outro lado do mundo a audiência nos ouve e vê instantaneamente.
A linguagem mais formal e meramente informativa passou a ter um tom informal com a necessária interpretação.
Sim, a audiência passou a cobrar uma posição, que não precisa ser radical.
Intepretação que aqui a gente divide com a audiência.
Nem tão lá, nem tão cá. Procurando sempre o equilíbrio.
Nem todos têm esta paciência de aceitar o contraditório.
Mas não é sobre este óbvio que eu quero falar.
Hoje é apenas mais um dia destes 22 anos de companhia diária.
Então é bom que eu repita aqui a frase que me foi passada quando a responsabilidade me foi entregue.
O então novo proprietário Henrique Salvaro dizia, a rádio é dos ouvintes, eu apenas pago a conta.
Eu digo então, hoje, duas décadas depois, que este espaço é do ouvinte, eu apenas faço a mediação.
Sou a voz que traduz aquilo que a gente sente e percebe ao nosso redor.
Se for assim, vamos longe, juntos.
Era uma segunda-feira como hoje.
Era como hoje e o calendário mostrava 4 de agosto, também.
O ano era 2003. Portanto, há 22 anos.
A hora era mais ou menos: sete horas da manhã, como agora.
Só havia mais uma coincidência, entre hoje e aquele dia: a voz que abria o programa das manhãs da Eldorado era mais ou menos a mesma de hoje.
Era a minha voz, sim.
Voz mais ou menos parecida porque lá ela estava bem mais trêmula.
Voz assustada com o peso da responsabilidade.
Criciúma vivia uma manhã de expectativa.
Até então, a sintonia do AM 570 era mais ou menos obrigatória.
Quem quisesse saber das notícias, interpretar os fatos, ligava o rádio.
Segunda-feira, 4 de agosto de 2003, foi o dia em que eu estreei aqui no microfone da Eldorado.
A carga de responsabilidade não era grande só porque este era o espaço mais respeitado do rádio sulcatarinense.
Era tenso, também, porque havia curiosidade sobre o que viria com a velha e tradicional Eldorado, então sob nova direção.
Apreensão que o tempo se encarregou de acalmar.
Hoje, 22 anos depois as coisas estão muito diferentes.
Algumas pautas continuam sendo as mesmas.
Mas muita coisa aconteceu de lá prá cá mudou.
Ouvintes que nunca nos abandonaram, alguns que vieram e poucos que foram e não voltaram mais.
Hoje o rádio é muito mais interativo.
Antes ele era mais imperativo. Quase dono da verdade.
Formava opinião de uma forma diferente.
Lembro que o editorial de abertura avisou o que seria.
Duas décadas depois digo que não foi preciso mudar nada.
Sigo a minha velha convicção de que não existe dono da verdade, nem espaço para hipocrisia.
Se me perguntares o que mais mudou não tenho dúvidas: mudou o ouvinte.
De agente passivo ele passou a ser ativo.
A autoridade do rádio passou a ser questionada a todo momento.
O rádio antes analógico passou a ser tecnológico.
Antes ouvidos no radinho, hoje do outro lado do mundo a audiência nos ouve e vê instantaneamente.
A linguagem mais formal e meramente informativa passou a ter um tom informal com a necessária interpretação.
Sim, a audiência passou a cobrar uma posição, que não precisa ser radical.
Intepretação que aqui a gente divide com a audiência.
Nem tão lá, nem tão cá. Procurando sempre o equilíbrio.
Nem todos têm esta paciência de aceitar o contraditório.
Mas não é sobre este óbvio que eu quero falar.
Hoje é apenas mais um dia destes 22 anos de companhia diária.
Então é bom que eu repita aqui a frase que me foi passada quando a responsabilidade me foi entregue.
O então novo proprietário Henrique Salvaro dizia, a rádio é dos ouvintes, eu apenas pago a conta.
Eu digo então, hoje, duas décadas depois, que este espaço é do ouvinte, eu apenas faço a mediação.
Sou a voz que traduz aquilo que a gente sente e percebe ao nosso redor.
Se for assim, vamos longe, juntos.

João Paulo Messer
Jornalista