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Chamou de capitão do mato e sofreu processo

Denunciada por injuria racial vereadora vira ré após entrevista

30 Julho 2025 | Quarta-feira 18h02
Ao conceder entrevista à rádio Cidade a vereadora e suplente de deputada federal Giovana Mondardo (PCdoB) chamou o ex-Secretário de Ação Social de Criciúma, Bruno Ferreira, de "capitão do mnato". Foi denunciada e sofreu condenação em primeiro grau.

A expressão foi interpretada como ligada à opressão de pessoas negras no período da escravidão. Por isso ela foi enquadada em crime de racismo. A condenação nestes casos pode ter pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de frequentar locais públicos de eventos como estádios, teatros e casas de espetáculo por até três anos, conforme previsto na legislação vigente.

A vereadora reagiu com surpresa à notícia pois não recebeu nenhuma notificação da Justiça a respeito. Entende que se trata de um processo movido por motivação exclusivamente política. 

Na reação relembrou que a acusação parte de um adversário político que foi preso por corrupção no escândalo das funerárias. Bruno Ferreira é investigado num processo junto com outras 21 pessoas.

Giovana invoca o seu trabalho que condena práticas racistas inclusive durante o trabalho de legisladora. Em sua defesa, recorda ainda que tem estreita relação com o movimento negro de Criciúma e do estado de Santa Catarina.

Por fim diz que está sendo vítima de uma prática de intimidação e silenciamento conhecida como lawfare, onde adversários usam do judiciário para atingir a reputação de outros.
João Paulo Messer
Jornalista