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Vaguinho e Clésio Salvaro, quanto tempo juntos?

Não faltam especulações sobre um governo compartilhado

01 Dezembro 2024 | Domingo 21h16
A relação do atual prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro e o futuro prefeito Vaguinho Espíndola vem do início da década de 2000. Lá pelos anos de 2006, quando deputado estadual, Clésio, então guiado pelo seu tio, empresário Henrique Salvaro, recebeu como reforço à equipe o jovem de Siderópolis levado ao grupo através do então já assessor ? Seu Carmindo?.

De lá para cá nem sempre Clésio e Vaguinho andaram juntos. Quando Clésio reeleito em 2012 foi impedido de assumir a prefeitura, Vaguinho permaneceu como homem estratégico nos projetos do governo Márcio Búrigo, que rompeu com Clésio por rejeitar permitir a participação do seu ?esteio? político no governo. O resultado foi um governo fracassado inscrevendo-se entre os piores de Criciúma.

Vaguinho mais tarde seguiu para Treviso onde o governo contou com ele para projetos, mas a gestão não foi das melhores. Mesmo assim Vaguinho deixou bons resultados.

Repatriado para o time liderado por Clésio Salvaro, Vaguinho foi uma espécie de guerreiro de linha de frente na equipe técnica. Não precisava fazer política porque nesta função não havia a menor necessidade. Na parte técnica foi tão bem que mesmo nos governos ruins de Márcio e de Treviso deixou boas marcas.

Não foi ?lembrado? antes para ser o sucessor de Clésio dada a fidelidade mantida por Arleu da Silveira, que por muito era o braço pesado do prefeito. O ?negão?, como era conhecido, ficou responsável por muita missão nada simpática do governo e se desgastou a ponto de não decolar na candidatura de sucessão de Clésio.

Vaguinho era o ?pau para toda obra (técnica)?. Fazia projetos e municiava Clésio que dava show técnico nas entrevistas. Provocado a ser candidato a vereador, aceitou. E fazia uma base forte com ?bala na agulha? o suficiente à guerra. Eis que surge a argumentação do conselheiro Júlio Garcia para Clésio trocar o candidato com a promessa de recompensar a fidelidade de Arleu mais tarde, quando for candidato a deputado estadual em 2026.

Vaguinho não se submeteu às ?travessuras? como andar de skate e outros ?memes? para colar na internet.

Com a cara da seriedade, o conhecimento técnico, a retórica orientada pelo mesmo especialista que treinou, no passado, Clésio, em poucos dias Vaguinho tornou-se leve. A partir daí a missão de Clésio e Júlio Garcia foi ?morro a baixo?.

Agora todos se perguntam: quando tempo vai durar, ainda, o a relação de Clésio e Vaguinho??. Diferente de antes Clésio tem para seguir um conselheiro consorte na eleição de Vaguinho, e se o seguir dará vida longa à relação com o seu pupilo.

Diria ainda que Clésio e Vaguinho seguirão sintonizados se o atual prefeito não quiser ser prefeito, mas sim mire voos mais altos, patente para a qual está habilitado, mas precisa seguir as normas. Vaguinho precisa ser feito um cabo eleitoral de Clésio, não um preposto.
João Paulo Messer
Jornalista